domingo, 1 de dezembro de 2013

30/11 - Dia 17 - Saenz Peña/AR - Foz do Iguaçu/BR

Novamente cedo na estrada, pois nossa ideia era chegar no Brasil. Saí com a corrente do jeito que estava, correndo todos os mesmos riscos, mas a 170km em Resistência/AR iríamos parar, pois na noite anterior procuramos concessionárias Suzuki para consertar a moto. Quando chegamos no endereço mais uma vez outra decepção, era simplesmente uma revenda de motos, de várias marcas de motos, tentamos em outras lojas mas ninguém trabalha com moto desse porte, então decidimos tocar adiante. Até que estava tudo bem, a corrente estava no lugar, estava pilotando de forma suave, mantendo sempre uma aceleração linear e devagar. Tínhamos que rodar no dia 840km para chegar em Foz do Iguaçu. Quando chegamos perto de Posadas/AR pra ajudar o tempo virou, e começou a chover muito. Os riscos aumentaram, mas continuamos firmes e fortes para chegar no Brasil. Faltava muito pouco para chegar, mas aí novamente a corrente saiu e tívemos que consertar novamente para terminar esse trecho. Conseguimos fazer a saída da Argentina por volta das 21h da noite. Por fim na aduana brasileira, encontramos uma pessoa que trabalha com passeios turísticos, ele parou o Rodrigo e perguntou se tínhamos hotel, pediu para esperarmos que ele ia arrumar. Nos trouxe num hotel que fica do lado de uma concessionária Suzuki. Foi perfeito o fim de um dia novamente tenebroso. Todos nós estamos muito cansados, pois a nossa volta pra casa está sendo bem complicada.




29/11 - Dia 16 - Tinogasta/AR - Saenz Peña/AR

Novamente levantamos bem cedinho, 07h30 estávamos rodando, pois a distância a ser cumprida hoje era grande, 950km. Tudo estava indo bem, a viagem estava rendendo. Faltava apenas 340km para terminar, foi aí que o dia começou a ficar novamente punk, a corrente da minha moto saiu, pneu travou, e aí perdemos mais de uma hora para consertar. Graças a Deus que o Jean entende um pouco (quase um mecânico) e foi dando jeito na corrente. Mas depois foi complicado viajar desse jeito, tinha que percorrer mais 340km, correndo o risco da corrente arrebentar, da corrente travar o pneu, enfim todos nós ficamos muito tenso para terminar essa etapa. Começamos a andar na média de 100km/h, esses 340 km que faltavam virou uma eternidade, e passou mais um tempo e a corrente saiu novamente, ainda bem que só saia quando estava em baixa velocidade, pois conseguia controlar a moto. Chegamos em Saenz Peña muito tarde, mas todos inteiros, mas esgotados.




28/11 - Dia 15 - Copiapó/CH - Tinogasta/AR

Começamos a rodar bem cedinho, pois era o dia de cruzar para Argentina. Começou então um dos dias mais tenebroso da nossa viagem. O Paso de São Francisco é conhecido por ser uma rota que muitos caminhões usam, portanto o rípio (estrada de terra) é considerado muito bom quase um asfalto. Realmente até a aduana chilena a estrada de terra estava uma maravilha, andávamos a 100 km/h nessa estrada. Na aduana quando chegamos pra variar estavam de greve, só poderiam atender agente as 12h. Esperamos 30 minutos e fizeram nossa saída do Chile. Estávamos todos felizes, pois até então tudo estava correndo bem, quando de repente a estrada de terra virou um inferno na terra, era só pedra solta e caixa de areia, andamos direto em primeira e segunda marcha, no máximo 40km/h (isso era raro acontecer), percorremos por mais de 100km esse inferno, os braços estavam muito doloridos, era muito frio também e ainda tinha altitude pra ajudar era só 4800 metros. Quando terminamos isso, agente se abraçava e comemorava, pois ninguém aqui tinha enfrentado uma estrada como essa tão ruim. Eu particularmente tive uma sensação muito ruim, pois achei que nós não iríamos conseguir sair daquele inferno, mas graças a Deus conseguimos e chegamos na Argentina em Tinogasta.












27/11 - Dia 14 - Copiapó/CH - Paso de Aguas Negras

Começamos o dia super  empolgados, pois iríamos atravessar para a Argentina pelo Paso de Aguas Negras. Saímos bem cedo de Copiapó no Chile ainda, em direção a Vicuña, para poder fazer o Paso. Rodamos pela ruta 5, conhecida por Ruta Panamericana. A região de Vicuña muito linda, com plantações de uvas, pois é uma região com clima propicio para esse tipo de cultivo, para se fazer os vinhos Chilenos. Rodamos 500 km até chegar na aduana chilena para começar a fazer a travessia, foi aí que recebemos uma péssima notícia. O Paso de Aguas Negras estava fechado, só iria abrir no sábado dia 30/11. Foi um desânimo, pois estava tudo planejado, aí analisamos o mapa e preferimos voltar para Copiapó, de onde tínhamos saído, para fazer a travessia para a Argentina pelo Paso de São Francisco. Retornamos mais 500km, enfim rodamos 1000km sem ter nenhum progresso. Foi um dia muito desgastante.